No melhor clima carnavalesco, o Centro de Reabilitação e Despetrolização (CRD), do Instituto Albratroz, em Araruama, anunciou a troca de plumagem de 3 pinguins-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus), que ganharam um “quê” de fantasia na época de folia.
Os animais, com nomes para lá de divertidos, como Pirata, Cenourinha e Lilica, tiveram suas plumagens novas surgindo às vésperas da folia, com suas penas ganhando cores e formatos diferenciados, com direito até a um “moicano”.
Médica veterinária e responsável técnica do Instituto Albatroz, Daphne Goldberg explica que a troca de plumagem é comum na espécie, e representa uma marca importante na vida dos pinguins, já que a 1ª muda acontece com os animais juvenis, marcando a transição para a vida adulta.
“É um processo pelo qual os pinguins passam para perder suas penas velhas, abrindo espaço para as novas. Na 1ª muda, as aves trocam a plumagem juvenil, com padrão acinzentado, por uma plumagem característica de adultos, com as cores preto e branco bem definidas. Durante o processo, que dura de duas a 3 semanas, é comum os pinguins ficarem inchados, mal-humorados e sem apetite”, contou Daphne Goldberg.
A médica veterinária acrescenta ainda que, apesar de marcar um momento importante do desenvolvimento dos animais, a troca de plumagem nessa fase da vida dos pinguins não será a última, já que o processo se repete ao longo dos anos.
“Ela acontece todos os anos! Em vida livre, as penas de um pinguim são essenciais para mantê-los aquecidos e secos nas águas geladas do oceano. No entanto, com o tempo, essas penas podem ficar desgastadas ou danificadas. É por isso que o processo de muda é tão importante, ele permite que as penas cresçam novamente, mais fortes e saudáveis”, explicou Daphne Goldberg.
Localizado em Araruama, o Instituto Albatroz executa o Projeto de Monitoramento de Praias (PMP), promovido pela Petrobras no litoral de Cabo Frio, Armação dos Búzios e parte de Arraial do Cabo, somando 25 praias espalhadas por 54 quilômetros de litoral.
De acordo com o Instituto, o monitoramento é feito diariamente a pé e com o uso de quadriciclos por técnicos e monitores, responsáveis por relatar e resgatar a fauna marinha que chega à região, fazendo o transporte até o CRD.
O Instituto Albatroz lembra que a população também pode contribuir, acionando as equipes de monitoramento ao avistar um animal marinho vivo ou morto nas praias, através do telefone 0800 991 4800.
Além do PMP, o Instituto também realiza o Projeto Albatroz, que tem patrocínio da Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental e conta com um Centro de Visitação e Educação Ambiental Marinha, com sede em Cabo Frio.