Entre os meses de junho e setembro, a costa brasileira costuma receber número crescente de Pinguins-de-Magalhães, espécie que migra da Patagônia em busca de alimento e águas mais amenas. No entanto, durante esse percurso, muitos acabam perdendo força e encalham nas praias da Região dos Lagos, especialmente em cidades como Cabo Frio, Arraial do Cabo e Araruama.
A exaustão da viagem, aliada a doenças e à baixa temperatura corporal, faz com que os animais cheguem debilitados e em situação de risco, necessitando de socorro especializado.
De acordo com o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Campos e Espírito Santo (PMP-BC/ES), os pinguins encalhados não devem ser manuseados por banhistas ou moradores. A orientação é acionar imediatamente o serviço de resgate marinho, disponível por meio do telefone 0800 991 4800. A linha atende também chamados envolvendo tartarugas, aves e mamíferos marinhos.
A recomendação técnica é clara: ao encontrar um animal marinho encalhado, não tente devolvê-lo ao mar, nem ofereça alimento ou água. Além de comprometer a recuperação do animal, essas ações podem representar risco de contaminação biológica para os humanos envolvidos.
Especialistas reforçam que o contato direto com animais debilitados deve ser evitado, e que os profissionais capacitados possuem os recursos e conhecimentos necessários para garantir um atendimento seguro e eficaz.
A presença dos pinguins nesta época do ano não é novidade, mas o fenômeno tem se tornado mais frequente e perceptível com o avanço das ações de monitoramento costeiro e conscientização ambiental.
