Nesta sexta-feira (13), o Ministério Público Federal (MPF) e a Prefeitura de Búzios promoveram uma ação conjunta na Praia da Ferradura, reunindo quiosqueiros para discutir o ordenamento e a organização do local. Durante a reunião, o MPF destacou a necessidade de maior rigor em relação à ocupação da área e estabeleceu exigências como a proibição de novas instalações, redução do número de guarda-sóis e cadeiras e o recolhimento das barracas durante a noite.
Segundo o secretário de Segurança e Ordem Pública, Sérgio Ferreira, os quiosqueiros já haviam sido notificados sobre as medidas na semana anterior. Ele destacou que as exigências atendem a um pedido da juíza federal para intensificar a fiscalização.
“A juíza deu prazo de 24 horas para que os quiosqueiros se organizassem. Todos terão que recolher as barracas ao final do dia, e também foi solicitado a redução de guarda-sóis e cadeiras. Essa regra será aplicada a todas as praias do município”, explicou o secretário.
Os quiosqueiros presentes firmaram um acordo para cumprir as determinações, e a medida foi vista por alguns como um avanço, mas também trouxe questionamentos. Grace Kelly, responsável pela Barraca do Gustavo, apontou a importância de equilibrar as demandas de moradores e turistas:
“É bacana porque tem que ser bom para os dois lados. Mas é preciso pensar no interesse do turista também. Eles movimentam a cidade e precisam de conforto e serviços. Não podemos ouvir apenas os donos de casas que reclamam da ocupação da areia, mas também quem vem de fora e fomenta a economia local.”
A reunião contou com a participação dos secretários Sérgio Ferreira (Segurança e Ordem Pública), Evanildo Nascimento (Ambiente e Urbanismo), Leandro Pereira (Planejamento de Ações Estratégicas) e um representante da Procuradoria Municipal. A presença dos gestores foi essencial para consolidar o diálogo entre as partes e garantir o cumprimento das exigências estabelecidas pelo MPF.
Com o acordo firmado, a Prefeitura reforça o compromisso de organizar o espaço público, garantindo que o uso das praias seja harmonizado entre os interesses dos moradores, turistas e prestadores de serviço.