Negada assistência na UPA, mulher morre em Cabo Frio durante crise na saúde

A saúde pública de Cabo Frio enfrenta uma crise sem precedentes, e o impacto mais recente dessa situação trágica foi a morte de uma mulher que teve atendimento negado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. O incidente ocorreu em meio à paralisação dos profissionais de saúde, que protestam contra os salários atrasados.

A vítima, cujo nome não foi divulgado, buscou socorro na UPA, mas não conseguiu ser atendida devido à suspensão dos serviços, ocasionada pela greve dos trabalhadores. Sem alternativas, a mulher permaneceu dentro do carro, onde veio a falecer, um desfecho que chocou a população e expôs ainda mais a gravidade da crise no sistema de saúde do município.

Ministério Público Intervém

Diante do caos instalado, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro tomou medidas drásticas, bloqueando os bens da atual prefeita e do secretário municipal de Saúde. A ação visa assegurar que recursos públicos sejam utilizados para quitar dívidas trabalhistas e garantir o funcionamento mínimo dos serviços de saúde.

Os bloqueios representam uma tentativa de pressionar a administração municipal a tomar medidas concretas para solucionar os problemas financeiros e administrativos que paralisaram a saúde em Cabo Frio. No entanto, a situação segue crítica, com relatos de outras unidades de saúde enfrentando falta de medicamentos, insumos básicos e profissionais.

Prefeito Eleito Promete Mudanças

Com a posse marcada para o início de janeiro, o prefeito eleito, Dr. Serginho, reconheceu a gravidade do problema e anunciou que a recuperação do sistema de saúde será prioridade em sua gestão. “Não podemos permitir que situações como essa continuem acontecendo. Meu compromisso é com a reorganização da saúde pública, começando pela valorização dos profissionais e regularização dos salários atrasados”, declarou Serginho em nota oficial.

Ele também destacou que sua equipe já está trabalhando em um plano emergencial para garantir o retorno dos serviços essenciais assim que assumir o cargo. Entre as propostas estão a revisão de contratos, reestruturação da rede municipal de saúde e diálogo direto com os profissionais em greve.

Clamor Popular por Respostas

O caso gerou uma onda de indignação entre os moradores de Cabo Frio, que têm se mobilizado nas redes sociais e em protestos para cobrar respostas das autoridades. Organizações locais de direitos humanos também têm pressionado por medidas imediatas para evitar que outras vidas sejam perdidas devido à precariedade do sistema.

Enquanto isso, a cidade segue em estado de alerta, com unidades de saúde funcionando de forma parcial e a população enfrentando incertezas sobre o acesso a cuidados médicos. O caso da mulher que morreu no carro simboliza não apenas uma tragédia individual, mas também o colapso de um sistema que deveria garantir o direito básico à saúde.

A situação em Cabo Frio é um retrato alarmante de como a má gestão de recursos públicos pode afetar diretamente a vida da população, deixando lições urgentes para os futuros gestores municipais.

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